Neste conto fantástico, Cosimo, filho do Barão de Rondó, num gesto de revolta, decide viver no cimo das árvores e não mais pisar o chão… numa promessa que dura mais que o efémero fulgor da juventude idealizado pelos pais.
Constroi então o seu mundo na copa das árvores – as distâncias passam a ser vistas consoante os ramos, o seu dia-a-dia enquadrado na vida da floresta e as necessidades humanas satisfeitas por meio de mecanismos que lhe permitem manter-se no ar.
Lá de cima, Cosimo ve e escuta tudo, aproveitando a sua posição para ajudar os que o rodeiam, transmitindo recados, fornecendo abrigo, vigiando as matas dos fogos e dos perigos diversos que podem esconder.
Àparte do local onde vive, Cosimo não impõe outras restrinções na sua vida – continua a ter as lições com o abade, a ler vários romances, a divertir-se… embora fora de casa, sem a família que várias vezes tentou traze-lo de volta ao lar, mas sem sucesso…
Cosimo é uma personagem interessante, obstinada, que usa a sua imaginação não só em diversas tarefas, mas para contar e recontar as histórias por si vividas, e como quem conta acrescenta um ponto, as histórias vão-se tornando cada vez mais mirabolantes.
Conjuntamente com a história de Cosimo, assistimos, ainda, a um pouco da história política do país – como país vizinho de França, nem o grito de liberdade, nem as guerras napoleónicas passam totalmente despercebidas nas terriolas italianas. Mas, apenas espreitamos estes acontecimentos em breves referências dispersas.
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